quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ditadura da Beleza



A beleza sempre foi e continua sendo um assunto complexo. Alguns dão muita importância para o tema, outros nem tanto. Já dizia a famosa frase de Vinícius de Morais: “as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. Será? Mais subjetivismo, impossível.
Na sociedade moderna a pessoa "bonita" leva vantagens sobre a que não é tão bonita assim, onde a beleza é extremamente valorizada. O padrão de beleza vem mudando através dos tempos, no Sec. XII e XIII as gordinhas eram divas, no Sec.XIX eram as mulheres coradas que agitavam o imaginário masculino, nas décadas de 1950 e 1960 o que tirava o fôlego eram as curvas e pernas torneadas. No final do Sec. XX as super magras que impressionavam, e hoje são as turbinadas e como na evolução das espécies a mulher sempre se adaptou a essas mudanças com esforço e sofrimento.
Muitas mulheres cultuam o corpo, vivem em academias e clínicas de estética, os salões de beleza estão sempre lotados todos os dias da semana. Mas, mesmo com este leque de possibilidades, isso ainda não é o suficiente. E, por este motivo, a indústria de cirurgias plásticas e cosméticos fatura mais de R$ 25 bilhões por ano.

Cerca de 57.000.000 de pessoas no mundo ja fizeram cirurgia plástica. Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBOPE) sobre inteligência do mercado de Cirurgia Plástica no Brasil, feita para o XI Simpósio Internacional de Cirurgia Plástica, apontou que só no ano passado foram feitas 645.464 cirurgias plásticas. Deste número, 443.145 foram cirurgias estéticas (69%) e apenas 202.319 reparadoras (31%), o que corresponde a 1788 cirurgias plásticas por dia.
Não existe uma idade certa para que as pessoas procurem por intervenções cirúrgicas. Até porque, em muitos casos, há a necessidade dessas cirurgias para a melhora na auto-estima de meninas, que muitas vezes, se sentem diferentes e discriminadas por terem pouco seio, ou os meninos que por ter o nariz ou a orelha maior do que o convencional, são apelidados e sofrem preconceito desde criança na escola e na rua. E é por este e outros motivos que, segundo dados do Datafolha, 12% das pessoas que procuram as cirurgias estéticas são menores de 18 anos, e os procedimentos são autorizados pelos pais.

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